A pernambucana Moema Cardoso já fez de tudo um pouco: formou-se em Administração, depois em Arquitetura, por anos a fio foi uma das vidreiras mais requisitadas de Recife. Mas só assumiu mesmo sua vocação em 2019, quando lançou a MOA, marca especializada em bolsas que usam tramas diversas como cestaria, macramê, tricô e crochê.
Desde cedo Moema desenvolveu suas habilidades criativas, incentivada pela mãe, Valdinha, enfermeira que fazia trabalhos manuais por hobby. Mas nunca pensou que o aprendizado da infância viraria o foco de sua vida profissional depois dos 50.
Autodidata por vocação, ao se formar, em vez de projetar casas como os colegas, tornou-se vidreira por acaso. “Aprendi a técnica com uma fita de videocassete. Comprei um forninho achando que seria um hobby, mas a coisa ficou séria”, lembra. Por 30 anos, fabricou luminárias, pisos e cubas de vidro para projetos de alguns dos arquitetos mais renomados de Recife. E chegou a ganhar um importante prêmio internacional em 1997, o IF Design, por conta de uma série de azulejos de vidro reciclado.
A decisão de mudar de vida e se dedicar à moda também aconteceu assim, meio que por acaso. “Sempre foi impulsiva. Vi numa revista de moda umas bolsas de crochê lindas e pensei que também conseguia fazer aquilo. Catei minhas agulhas que nem sabia onde estavam e comecei a crochetar. Não parei mais.”
Em 2019, decidiu materializar essas habilidades na MOA, marca de bolsas autorais feitas à mão, mesclando cestaria, crochê, macramê. A fusão de materiais entrelaçados artesanalmente – fios, metais, miçangas – é sua assinatura. Recentemente, a Moema passou a criar também saias e vestidos de macramê.